História de Balsas - MA





No final do século XIX, havia um grande número de fazendeiros que possuíam fazendas (dentre elas: São José, Santa Isabel, Flor do Dia, depois denominada Água Branca, Castelo, Brejo Grande) às margens direita do Rio Balsas. As terras dessa região eram pertencentes a grandes fazendeiros que residiam na sede do município de Riachão, tendo como proprietários as famílias Coelho e o Tenente-Coronel Daniel Alves Rego. Para as excursões às suas fazendas o ponto mais acessível era o Porto das Caraíbas, denominada anteriormente como Porto das Passagens, no Rio Balsas, pelo fato de haver um contínuo movimento de viajantes, patrões e vaqueiros da região.Foi grande o interesse pelo local, vindo a despertar a presença do primeiro morador, o canoeiro José Pedro, que fazia as passagens no rio, onde estabeleceu uma pequena casa de comércio (quitanda), em que vendia cachaça, rapadura, farinha de mandioca, milho e mercadorias em geral trazidas do comercio de Teresina-PI, dos quais fazendeiros e viajantes necessitavam.


O Rio Balsas favorecia o transporte de mercadorias entre os fazendeiros que dispensavam a utilização de animais, optando por meios de transportes que, segundo eles, seria mais rápido, pois as correntezas do rio favoreciam o uso de canoas e balsas. 

 
Ao saber da pequena população que se fixava no Porto das Caraíbas, o baiano Antônio Ferreira Jacobina decide conhecer a região. Mercador de fumo e dono de um espírito comunicativo, Jacobina começou a atrair muitas pessoas para o local. Com isso novos casebres foram se instalando, o número de moradores do Porto das Caraíbas aumentava surpreendentemente. Ganhando a simpatia do povo, com suas festanças e pagodeiros, o baiano torna-se líder do povoado, o qual denominou “Vila Nova”.

Em 1879, Vila Nova já possuía duas ruas e foi nessa época em que foi iniciado os trabalhos de construção da Igreja de Santo Antônio. 



Igreja de Santo Antônio
Fonte: http://www.8p.com.br/fotosdebalsas

Neste período, notou-se grande influência de Domingos Soares de Queirós, natural do Rio Grande do Norte, casado com Dona Ana Joaquina de Queirós, professora das primeiras letras, e o filho do casal, Juvêncio Soares de Queirós, autodidata, que muito contribuíram para o crescimento da Vila. Em l892, assumindo a liderança política da região de Balsas, o Deputado Estadual, Padre Balduíno Pereira Maya, transforma-se em defensor do povo e de suas aspirações, com grande empenho pela autonomia administrativa de Santo Antônio. A ideia de Maya se fixou e, em reunião do Congresso do Estado, em 1892,  propôs, na Sessão Ordinária de 09 de Agosto do mesmo ano, o Projeto de nº 06, que elevava à categoria de Vila a Povoação de Santo Antônio de Balsas, e que ficaria sendo o 4º Distrito da Comarca de Riachão e sede do 2º Termo da referida comarca. Em tramitação ordinária, o projeto é votado e trans-formado na Lei nº 15, de 07 de Setembro de 1892, devidamente sancionada pelo então Governador do Estado do Maranhão, Manuel Ignácio Belfort Vieira.

Art. 2 - O novo Termo de Santo Antônio de Balsas terá por limites as linhas que, partindo da Foz do Rio Balsinha, guiam-se por todas as suas águas, de um e outro lado, até as suas cabeceiras da Serra Geral; seguindo por esta na direção do sul, todas as águas do Rio Balsas até a sua cabeceira, e pelo lado esquerdo do mesmo rio todas as suas águas até as cabeceiras do ribeirão Gado Bravo, por esta abaixo até a morada de Antônio José da Cunha, deste ponto em linha reta na direção do norte as fazendas “Curral Velho”, “Sitio” e “Mato Seco”, desde as cabeceiras do ribeirão Terra Nova, desce ao rio Macapá por este abaixo até defronte da linha divisória de Loreto com Riachão, e por esta linha abaixo até o Rio Balsas. 

Fonte: http://www.8p.com.br/fotosdebalsas

Registra-se, segundo depoimento do Ex- Presidente José Sarney, que em meados de 1815, o Sargento Alencar, viajante comprador de peles de animais na região do Alto Gerais de Balsas, teve todos os seus animais (cavalos e burros), que serviam de meio de transporte de suas mercadorias, acometidos de uma infecção, da qual morreram. Levado pela necessidade de voltar à sua cidade de origem, adentrou–se aos brejos do sertão, colheu talos de buritis, construiu uma balsa, que serviu para transportar toda a sua mercadoria adquirida, até o comércio de Floriano e Teresina, ambas as cidades do Piauí.

Segundo depoimento do Sr. Odilon Botelho, morador na cidade de Balsas por muitos anos, a partir daí, foi aumentando o movimento fluvial pelas águas do Rio. As balsas serviram, por muito tempo, como meio de transporte para as famílias balsenses, estudantes, pessoas enfermas, e de mercadorias, como: cereais, côco babaçu, couro de boi, porcos, arroz, frutas e peles de animais silvestres. Eram construídas de talos de buritis com o comprimento de aproximadamente 20 metros e cobertas com palha de côco babaçu. No controle das embarcações havia o mestre Raimundo Peta e contra-mestres Benigno e José Raimundo, que conduziam as mesmas por toda extensão do rio, desviando dos galhos e troncos de madeiras. As alimentações dos passageiros eram cozidas em panelas de ferro, em fogão trempe, que consistia em três pedras grandes, abastecido à lenha. À noite, para melhor acomodação de todos, eram estendidas redes por toda extensão das balsas. As redes geralmente eram feitas de algodão e fabricadas em tear local. As viagens demoravam, em média, de 15 a 20 dias, dependendo do período chuvoso, pois se o rio estivesse cheio, a viagem era mais rápida. Segundo ainda, depoimento do Sr. Odilon Botelho, a preferência se dava pela bela vista da paisagem nativa e a alegria reinante entre os viajantes. Sabedora do grande fluxo de balsas pelas águas do rio, a empresa Oliveira, Pearce e Cia, dirigida pelo Coronel Pedro Tomás de Oliveira, na tentativa de conquistar definitivamente o Rio Balsas, chega a Vila de Santo Antônio de Balsas, no dia 26 de abril de l911. A partir daí, a navegação pelo Rio Balsas ficou, de fato, estabelecida. Suprindo de sal o sertão, fez-se deslocar para ali o eixo do comércio sertanejo.
Coronel Thucydides Barbosa
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Thucydides Barbosa, representante da zona sertaneja no Congresso Estadual apresentou um projeto de lei que foi convertido na lei nº. 775 de 22 de Março de 1918, elevando a Vila à categoria de cidade. Esta lei permitia o uso da palavra "Balsas". No seu livro  “Subsídios para História de Balsas”, Thucydides Barbosa descreve que foram dezessete dias de trabalho estafante, onde a tripulação, dotada de um poderoso guincho a vapor, ia removendo os tocos de madeira que obstruía o local e também decepando troncos e calharias marginais, que punham em perigo o novo pioneiro. O gigante de ferro, com sua máquina a vapor e caldeira à lenha, flutuava sobre as águas do rio, enquanto os homens que faziam parte da expedição, com grandes esforços, sustentavam-se nas velhas gameleiras, para chegar àquela que mais tarde se tornaria a cidade de Balsas. Cazuza Vasconcelos, notificando o acontecimento, descreve em “O Norte”, nas comemorações alusivas ao grande feito: “Pelas cinco horas da tarde no dia 26 de abril, foi esta vila despertada pelos silvos do vapor Joaquim Cruz, conduzindo em seu bordo o Sr. Thomás William Pearce”.

Foto:História de Balsas

A cidade dá sinal de expansão, em face às necessidades e a vasta transação comercial com as Praças de São Luís (MA) e Piauí. Em 1919, estabelece-se a linha telegráfica na cidade, na administração de Enéas Reis. Neste mesmo ano, criou-se a primeira Associação de futebol, a qual se denominou “Associação Esportiva Balsense”, cuja diretoria ficou assim constituída: Presidente: Thucydides Barbosa; Vice-Presidente: Mário Coelho; Secretário: Acendino Pinto e Tesoureiro: José de Carvalho Borba.


Registra-se, também, no mesmo período, grande fluxo de viajantes vindos do Piauí e do Goiás. Para melhor acomodação a estes vendedores, existia a “Pensão do Comércio”, de propriedade de Inácia Matos e Petronília Matos, que depois se transformara no tradicional “Hotel Santo Antônio”. Pela Lei nº1.262, de 19 de maio de 1882, foi criada uma cadeira de primeiras letras na povoação de Santo Antônio de Balsas, Município de Richão. Em 11 de maio de 1896, o Governo Estadual publicou o Orçamento Estadual para uma Escola Mista, exercício de 1897, com a importância de 840,00 réis anuais. Na época, por intermédio do Governo do Estado do Maranhão, funcionava no Município a primeira escola pública, que recebia orientação e direção da educadora, professora Maria Justina Serrão, oriunda de São Luís (MA) e formada na Escola Normal do Estado. A instrução pública toma novo impulso com a dedicação da mestra. Nasce a Escola Agrupada “Arthur de Azevedo”, que mais tarde transforma-se em Grupo Escolar Luiz Rêgo, onde se contava com grande empenho do Padre Clóvis Vidigal, vigário, e de seu auxiliar, Padre Cincinato Ribeiro, ambos à frente da Paróquia de Balsas.
Eloy Coelho Neto
Fonte: www.8p.com.br/fotosdebalsas

Em 1926, o período econômico que vivia Balsas motivou a presença de sírios e libaneses na cidade, formando a colônia, através dos irmãos Bucar, Mamede Abdom e Salim, Elias Boabaid, José e Elias Kury e depois, Elias Alfredo Kury, libanês, Felipe Bucar, José Salim, Salomão Auad, José Vicente, Francisco Naisser e Elias Bonaisser, professor, que falava corretamente francês. A colônia Sírio-Libanesa convida o talentoso professor, João Joca Rêgo, que, à época, iniciara com distinção os seus estudos no colégio Pedro II, no Rio de Janeiro (RJ). Chegando a Balsas, fundou o “Instituto Sírio Brasileiro”. Com uma visão ampla a respeito dos métodos de ensino, associa-se ao professor Melquíades Moreira Ferraz e funda o Instituto “Gil Pires“. Mais tarde, com a colaboração de vários professores, surge o “Educandário Coelho Neto”.


Com o crescimento da população e a necessidade de se veicular os fatos e as notícias ocorridos na cidade e no sertão, Thucydides Barbosa, em 1925, cria o primeiro jornal impresso, denominado a “Evolução”, sob a direção de Ascendino Pinto, ex-repórter da “Província do Pará”, onde servia com o cargo de Diretor da Recebedoria de Parnaíba-Piauí, tendo como redator chefe, o jovem João Batista Pereira da Silva. O referido jornal teve vida efêmera.

No final de 1931, Thucydides Barbosa organizou a primeira Empresa Tipográfica de Balsas, o “Jornal de Balsas”. Em 27 de Janeiro de 1932, era editado o primeiro número do “Jornal de Balsas”, que teve grande aceitação na Zona Sertaneja, com vasto e minucioso serviço telegráfico, que vinha de São Luís (MA) e do Rio de Janeiro (RJ). Em 1945, imbuídos de novas idéias, e movidos pela democratização do país, os filhos de Balsas começaram a exercer um novo tipo de liderança começou a influenciar os mais velhos na prática de métodos de trabalho. Criaram diversas atividades funcionais. Surge a segunda geração dos filhos ilustres e cultos como: Embaixador Braulino Botelho Barbosa, Cel. Antônio Silva Neto, Oficial do Exército Dr. Antônio Ribeiro da Silva, Desembargador Aluísio Ribeiro da Silva, Doutores Luiz Gonzaga Pires e Zilo Pires.

Na Década de 1950, idealiza-se a criação do Ginásio Balsense, motivado como instituição de formação educacional e cultural, sobretudo aos menos afortunados. Assim, no dia 28 de fevereiro de 1953, solenemente, e observando a lei em vigor, realizou-se o primeiro exame de admissão com a seguinte Comissão Examinadora: Presidente: Eloy Coelho Neto; Membros:  João Joca Rêgo Costa Júnior, Paulo de Tarso Fonseca, Roosevelt Moreira Cury, Hamedy Moreira Kury Queirós e Maria Isaura Albuquerque e o Inspetor Federal, Luis Viana Fonseca. Não era propriedade de ninguém, nem se destinava a formar patrimônio econômico, apenas com ideal de formação educacional e cultural. A partir daí, cria-se o primeiro estabelecimento de Ensino Médio na cidade de Balsas, e de toda região sertaneja, inteiramente gratuito.



Dr. Roosevelt Moreira Kury

Neste período, cria-se a Prelazia de Santo Antônio de Balsas, sob a experiência de evangelização na África e em Portugal, a ordem dos Combonianos, que em 1952, vindos do Rio de Janeiro, chegaram a Balsas no dia 12 de junho, véspera do padroeiro Santo Antônio, os primeiros padres: Rino Carlesi, Diogo Parodi, Mário Vian e o Irmão Sebastião Todesco, para início uma missão na vasta região sertaneja. Em 1959, Monsenhor Diogo Parodi é nomeado pelo Papa João Paulo XXIII, Bispo da Prelazia de Balsas, tendo sua sagração no Rio de Janeiro. Muito estimado pelo povo do sertão, pela sua decidida energia e obstinação em resolver os problemas que mais afligiam a população mais sofredora, constrói o Hospital São José de Balsas, Seminário São Pio X, a Escola Normal Dom Daniel Comboni, intensifica programas de obras sociais e assistenciais e lança, em Balsas, a pedra fundamental da Catedral Sagrado Coração de Jesus.

O período que compreende de l954 a l958, no segundo ano de administração do Prefeito Dr. Roosevelt Moreira Cury, médico, muito conceituado à época, começa a ser construída a Ponte de Madeira, uma grande obra, que veio facilitar a vida dos moradores da Trizidela e das fazendas circunvizinhas. Foi inaugurada ainda no seu governo e entregue à população de Balsas e da Trizidela. Registra-se, na década de 1970, um grande fluxo de migrantes vindos de diversas partes do Brasil, na maioria do Rio de Grande do Sul (gaúchos).
Vista aérea de Balsas - Década de 90

Os primeiros migrantes localizaram-se na região da “Chapada dos Gerais de Balsas”, no extremo sul do município de Balsas, confrontando com o Estado do Goiás (doravante Tocantins). Esse processo não contou com o apoio do então  Governador do Estado do Goiás, Pedro Neiva de Santana, nem com o do Maranhão, Osvaldo Nunes Freire, que temendo processo de grilagem que se espalhava pelo Centro-Oeste, não deram acolhida ou qualquer outro tipo de apoio a esses migrantes. Tal reação não impediu a vinda de mais e mais famílias que, por conta própria, foram adquirindo propriedades de terceiros através de entidades financeiras que aqui se fixaram. Com a divulgação das terras férteis para o plantio da soja, além dos Gaúchos, Balsas também têm atraído outros migrantes vindos de várias partes do Brasil como: Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Tocantins e Goiás. 


Balsas é uma cidade sul maranhense com 83.528 mil habitantes, e uma área de 13.141,688 Km², segundo estimativa do IBGE Censo 2010. Liga-se a todas as capitais do Nordeste através da BR-230, e as cidades ao sul do Maranhão através da MA 006, fazem limites com as cidades de Riachão, São Raimundo das Mangabeiras, Fortaleza dos Nogueiras, Tasso Fragoso e Alto Parnaíba. Encontra-se às margens do Rio Balsas, Afluente do Rio Parnaíba.
Avenida José Bernardino - Década de 90
      

Porto dos Caraíbas (berço do Município)
Ponte de MadeiraIgreja Matriz de Santo Antônio
Catedral do Sagrado Coração de Jesus
Estátua de Santo Antônio (localizada à beira da BR-230, com sua frente voltada ao Centro da cidade)
Escola Virgínia Cury (primeira da cidade)
Torre de Telefonia e Internet da Embratel
Colégio Marista São Pio X
Centro de Ensino Médio Dom Daniel Comboni (Antiga Escola Normal)
Rio das Balsas, Rio Maravilha, Rio Cachoeira, Riacho Balsinha, Riacho Bacaba, Cachoeira das Três Marias


Símbolos da Cidade

 BANDEIRA
Foi idealizada em 31 de Julho de 1972, pela irmã missionária capuchinha Luisa da Silva Rodrigues, Secretária da Escola Normal Dom Daniel Comboni.
Livro de Pena – Simboliza a cultura de Balsas
Balsa – Simboliza a origem do seu nome
Arroz – Simboliza a sua origem natural.
BRASÃO


Criado em 18 de Março de 1988 pelo Projeto de Lei nº 181/88, por Dr. Alípio Assunção Lopes Leitão, médico do DEER, que trabalhava, na época, no Hospital São José. É composto por um escudo heráldico, dividido por uma cruz dupla, formando quatro cantos. Os campos divididos pela cruz têm os seguintes símbolos e significação:
Campo superior direito - é dividido diagonalmente em duas áreas de cores, sendo a superior branca e a inferior azul anil, representando assim, as cores básicas da Bandeira de Balsas. O campo superior esquerdo corresponde às cores básicas da Bandeira do Maranhão: vermelho, branco e preto. Na parte superior do escudo, topo do brasão, fica uma pomba que representa a paz que o povo balsense busca com aspiração, e as asas abertas significam que a cidade e seu povo se encontram sob a sua proteção e alçando vôo rumo a um futuro cada vez melhor.
O campo inferior direito - é constituído com o fundo verde, contendo o desenho de uma balsa sobre o rio. A balsa retrata o elemento fundamental na origem da cidade. O rio representa o Rio Balsas. O verde representa a esperança no futuro e desenvolvimento que acompanham os balsenses, desde as primeiras pessoas que formaram o porto que deu origem à cidade “Porto das Caraíbas”, no campo inferior esquerdo.



Foi criado por Edilza Virgínia Pereira, Filósofa e Pedagoga, aprovado em Projeto de Lei nº 182/88, em 18 de Março de 1988.

Oh! Cidade de Balsas amiga
Es enlevo do meu coração
Os teus rios, teus campos percorrem.
Enriquecem a planície de grãos
No trabalho e na luta constante resplandece viril geração
Terras férteis assim cultivadas dão progresso ao nosso sertão.
Refrão
Avante Balsas. Jardim em flor
Avante Balsas, És o meu eterno amor.
Brilha o sol na amplidão do horizonte
Florescendo buritis e arrozais
Lentamente pasta o gado no cerrado
Ao festival da sinfonia dos pardais
Cai à tarde no seio da mata
Com os raios dourados da lua
Clareando cachoeiras e cascatas
Elevando a beleza que é tua
Refrão
Avante Balsas, Jardim em flor
Avante Balsas, És o meu eterno amor.
Da verde relva desabrocha flor silvestre
Que encandece arco-íris multicor
Minha terra de bravos escritores
Que ardorosos cantam teu louvor
Coqueirais abrem as palhas verdejantes
E os teus frutos enobrecem o teu chão
Ascendendo a chama viva da grandeza
Da princesinha do Sul do Maranhão
Refrão
Avante Balsas, Jardim em flor
Avante Balsas, És o meu eterno amor.


ODE A BALSAS
(Augusto Braúna)

Balsas querida
Cidade dos meus amores
Quando estou distante, estou chorando
Lembrando também tuas cores
Quando estou perto vivo a cantar
Balsas querida, igual a ti não há

Cidade muito boa
De grandes corações
Foi onde assisti
Melhores foliões

Balsas, cidade querida,
Por ti serei capaz de dar a própria vida

 


01. José Leão

02. Antônio Pereira da Rocha Zica

03. Melquíadas Moreira

04. José Pereira Reis

05. Garibaldi Nunes

06. Thucydides Barbosa

07. Acendino Pereira de Araújo

08. Dr. Paulo Ramos (1936 a 1940)

09. Didácio Coelho dos Santos (1940 a 1944)

10. Lauro Maranhão dos Reis (1944 a 1948)

11. Edísio Cesário da Silva (1949 a 1953)
Filho de Celso Cesário da Silva, foi fazendeiro nascido em Balsas, execeu vários cargos políticos. Como prefeito de Balsas construiu o 2° Mercado Público em 1953, que foi inaugurado no dia 1° de julho de 1954.
12. Roosevelt Moreira Kury (1959 a 1963)
Nasceu na cidade de Grajaú-MA no dia 29/07/1917, filho de sirio libanês com uma brasileira natural de Grajaú. Estudou em São Luís-MA, Rio de Janeiro-RJ e Recife-PE, onde se formou na Faculdade de Medicina. Exerceu vários cargos de confiança do estado e do município. Constituiu família com a piauiense Maria Violeta, com quem teve sete filhos. Em 1955 foi eleito prefeito de Balsas. Construiu várias obras, entre as dezessete pontes de madeiras construídas, construiu a ponte pênsil sobre o rio Balsas. Realizou o calçamento das principais ruas de Balsas. Construiu o Estádio Cazuza Ribeiro (homenageando com o nome de seu falecido sogro). Foi diretor e professor da Escola Técnica de Balsas e Ginásio Balsense, Presidente do Rotary Clube de Balsas e o primeiro médico do Hospital de Balsas. Morreu no dia 03 de julho de 2000.

14. Didácio Coelho dos Santos (1964 a 1967) Nascido em 09 de janeiro de 1906 na cidade de Riachão, filho de Felipio José Santos e Euriliana Fonseca. Em maio de 1930 fixou residência em Balsas. Iniciou sua carreira profissional abrindo uma farmácia. Em 1913 foi escolhido para interventor de Balsas tendo permanecido nesta função e eleito prefeito até o golpe de Estado.

15. Joaquim Coelho e Silva (1968 a 1972)

Nasceu em Loreto-MA em 30/10/1910. Começou seus negócios na cidade de Mangabeiras-MA, quando conheceu a professora Perolina Milhomem Coelho, com quem veio a se casar em 19/10/1944. Em 1945 mudaram-se para Balsas, onde tornou-se grande comerciante. Do casamento nasceram quatro filhos. Foi prefeito de Balsas, logo após o pleito do senhor Alexandre Pires. Em seu governo foi construída a praça da Prefeitura. Fez um bom trabalho na área da educação, onde tinha como secretária, sua filha, a historiadora e professora Maria do Socorro Coelho Cabral, cujo trabalho se destacou na zona rural. Após a passagem pela prefeitura, continuou seus trabalhos como comerciante, proprietáio de uma usina de beneficiamento de arroz. Em 17/10/2003 veio a falecer

16. Paulo de Tarso Fonseca (1973 a 1976)

Filho de Antônio Fonseca e Eglantine Santos Fonseca. Nasceu em Balsas. Casou-se com Cristina Maria Pedra Fonseca, com quem teve seis filhos. Formou-se em Direito na cidade de Fortaleza-CE. Exerceu o cargo de Promotor Público no Governo de Sebastião Archer. Em 1972 foi prefeito de Balsas. Lecionou geografia na escola Ginásio Balsense. Hoje é aposentado e historiador.

17. Jorge Moreira Kury (1977 a 1982)
Nasceu no dia 04/06/1922 em Balsas, filho de Nilza Moreira Kury e Elias Alfredo Kury. Iniciou seus estudos na Escola Melquíades Moreira Ferraz. Em 1932 foi para São Luis estudar. Tinha o sonho, junto com doze amigos de ingressar na Faculdade de Agronomia em Viçosa-MG, mas teve seus planos interrompidos ao ser acometido pela febre Tifóide, época essa em que servia ao Exército (Batalhão de Tiro de Guerra). Em janeiro de 1940 retorna a Balsas, onde ficou trabalhando como comerciante com seu pai. No início da década de 50 foi interventor interino, permanecendo no cargo por pouco mais de um ano. Em dezembro de 1950 casou-se com Iolete Pires Coelho, com quem teve três filhos. Em 1976 foi escolhido pelo povo a prefeito de Balsas, tendo como vice Dr. Bernardino. Houve prorrogação do mandato por mais dois anos, permanecendo até 1982. Foi o prmeiro prefeito a percorrer a zona rural acompanhado do padre Francisco Bonnate e uma caravana de quatro vereadores, um médico e um dentista. Entre suas obras, destaca-se a construção do Mercado Público Municipal, Praça Padre Balduino, Praça Eloy Coelho e Praça Nossa Senhora das Graças, no bairro Tresidela.

18. José Bernardino Pereira da Silva (1981 a 1983)

Nasceu em Balsas no dia 26 de agosto de 1938, filho de Luis Gonzaga e Maria de Lurdes Pereira da Silva. Formou-se em Medicina na Universidade católica da Bahia. Em Balsas exerceu com zelo sua profissão de médico. Exerceu o cargo de prefeito em Balsas por um curto período, apenas 14 meses

19. Heliodoro Sousa (1983 a 1985)
Nasceu em 09 de agosto de 1941 em Balsas-MA, filho de Florência Rodrigues de Sousa e Gentil Francisco de Sousa. Iniciou seus estudos com um professor particular na fazenda onde morava. Casou-se com Cristina Alves Sousa, com quem teve três filhos. Foi vice-prefeito do Dr. Bernardino Pereira da Silva e após a morte deste assumiu a prefeitura de 10/04/1984 a 31/12/1988. Dentre suas obras destacam-se: Construção de Escolas na Zona Rural ( Grupo Escolar Edisio Silva - Povoado Correio, Grupo Escolar Luis Gonzaga - Povoado Santa Maria, Grupo Escolar Aprigio Brito Porto - Povoado Rio Côco, Grupo Escolar Teodoro Barreira - Povoado Ferreira, Grupo Escolar Antonio Alves de Lima - Povoado Baixa Funda); Zona Urbana (Grupo Escolar Mariinha Rocha - Bairro São Luis, Grupo Escolar Dr. Bernardino Pereeira da Silva - Bairro de Fátima, Grupo Escolar Padre Ângelo de Lassalandra - Bairro Catumbi, Grupo Escolar Moises Coelho e Silva - Bairro Açucena, Grupo Escolar Monsenhor Clóvis Vidigal - Bairro Tresidela); Construção de Postos de Saúde: Zona Rural (bairros: Nazaré, Catumbi, Fátima, Potosi e Tresidela), Zona Rural: nos povoados Aldeia, Baixa Funda e Ferreira

20. Moisemar Pires Coelho (1989 a 1992)
Filho de Moisés Coelho e Silva e Maria de Jesus Pires Coelho, nasceu em 01/11/1944. Formou-se em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor da Universidade de Fortaleza-CE (UNIFOR) no curso de Engenharia de Produção. Foi eleito prefeito de Balsas ( 1989 a 1992). Durante este período foram realizadas as seguintes obras: Construção da Avenida Beira Rio no trecho do Porto das Caraíbas ao Porto do Fonseca; Rede de Eletrificação Rural de Balsas ao Povoado da Aldeia( 34,5 Km); Conjunto Habitacional Moisés Coelho e Silva no Bairro Bacaba (125 casas); 60 (sessenta casas) no Bairro Manoel Novo em parceria com os moradores; Matadouro Público; Sistema de captação de Águas do rio Balsas, tratamento e distribuição em seis mil residências; Estrada que dá acesso à Cachoeira do macapá; Recuperação do estádio Municipal de Balsas; Construção do primeiro Ginásio de Esporte de Balsas; Seis quilômetros de ruas asfaltadas; Criação dos Bairros São José e Nova Açucena; Criação e Implantação dos seguintes códigos: Obras e Instalações - Postura, Tributário e IPTU e Informatização da Contabilidade. De janeiro de 1999 até junho de 2004 exerceu o cargo de assessor especial da Gerência de Desenvolvimento de Balsas. Nomeado em junho de 2004 a Gestor da casa de Agricultura, cargo que exerce até a presente data

21. Heliodoro Sousa (1993 a 1997)

22. Luis Alves Coelho Rocha (1997 a 2000)


Filho mais velho de Raimundo Alves Pereira e Maria Barros da Rocha (Dona Mariinha Rocha), nasceu em 06/07/1937 no povoado Batateiras, hoje município de São Félix de Balsas-MA. Estudou em São Luís, sendo eleito presidente da UMES e posteriormente vice-presidente da UNE, em seguida foi eleito vereador de São Luiís. Foi eleito ainda Deputado Estadual por duas vezes. Eleito também a Deputado Federal e reconduzido ao cargo pela segunda vez em 1978. Em 1982 foi eleito Governador do Maranhão. Voltou a ocupar o cargo público em 1996, sendo eleito prefeito de Balsas. Faleceu em 08/03/2001

23. Jonas Demito (2001 a 2004)

24. Francisco de Assis Milhomem Coelho


25. Luiz Rocha Filho



22 comentários:

  1. balsas sem duvidas é uma cidade de uma historia implacavel de grandes nomes de uma cultura riquissima que vem se perdendo ao longo dos anos devido a falta de incentivo da propia população e de influencias de outras culturas que de certa forma vem prejudicar a nossa...
    Reinaldo Goes.

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    1. Reinaldo Goes, parabenizo-te pelo comentário e concordo plenamente com você, principalmente quando fala que a nossa história está se perdendo ao longo dos tempos, porém há uma postura sua da qual eu não concordo, que é a de que outras culturas estão prejudicando as nossas. O processo da simbiose (mistura de culturas) forma a heterogeneidade de nosso povo, e isso é o mais interessante em Balsas: a mistura de culturas. Mas é interessante a sua ideia. Obrigado pelo comentário. Espero contar com mais participações suas.

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  2. WELLINGTON COELHO NOGUEIRA20 de novembro de 2012 às 13:27

    REFERINDO A BALSAS TEMOS QUE LEMBRAR QUE NÃO É O NOSSO POVO E SIM OS POLITICOS QUE AO LONGO DOS ANOS COM SUA GANANCIA E FALTA DE AMOR A NOSSA QUERIDA BALSINHA DE AÇUCAR.

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  3. Gostei da história bonita do povo de Balsas. Principalmente pela contribuição importante do meu saudoso bisavô Thomas Pearce. Realmente uma história de luta e vitórias!

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  4. Eu residi em Balsas entre os anos de 1995 ao início de 2000. À frente do SEBRAE/MA na cidade, sem dúvida foi um dos períodos mais felizes da minha vida, além de muito aprendizado com a cultura e o conhecimento da região, ricos em tradição, história e vocação para negócios, sobre no agronegócios. Jamais esquecerei esta cidade e seus habitantes maravilhosos. Em breve farei uma visita para matar a saudade dos amigos, do rio Balsas, da culinária e outras delícias da região. Abraço e parabéns pelo Blog. Att., Júlio César B. Bezerra

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  5. gostei muito desse texto ele ajudou muito no meu trabalho sobre Balsas.Obg!!!

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  6. Amei o blog. Balsas, está de parabéns, passando para todos os seus filhos, visitantes e curiosos a sua relevante história.

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  7. Balsas é sem dúvida de açúcar. Um jardim em flor.

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  8. Gostaria de saber se vocês tem alguma informação histórica sobre o bairro Catumbi, desde sua formação aos dias atuais.

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  9. (Costa - Bacabal) Um site dos mais completos sobre a cidade. Pena que é difícil copiá-lo para texto.

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  10. Cuidado com a cronologia dos prefeitos. Tem muita data errada. Pesquise mais Vá à prefeitura e vc tera´os nomes e as datas certas da relação dos prefeitos. Coisas escritas erradas é que acabam destruimdo a memória da cidade.

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  11. A Família Fonseca, que fez parte da fundação e do desenvolvimento da cidade não foi citada. Exemplo o Coronel Fonseca, talvez o maior industrial, comerciante e exportador de sua época,

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    1. balsas e melhor lugar do mundo eu amo essa cidade maravilhosa

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  12. Gostei, nasci em Balsas hoje abri o blog para fazer um trabalho da Faculdade.Obrigado, mas senti falta de um pouco da história do nosso querido Educandário Coelho Neto e do inesquecível Professo "Joca" e sua famosa "palmatória". Parabéns

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  13. Gostei, nasci em Balsas hoje abri o blog para fazer um trabalho da Faculdade.Obrigado, mas senti falta de um pouco da história do nosso querido Educandário Coelho Neto e do inesquecível Professo "Joca" e sua famosa "palmatória". Parabéns

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  14. Ola estou buscando um tio de minha mae que morou ai em balsas. Se chama Eleno Liborio de alencar. Ou seu sobrinho joao Batista araujo. Quem esta buscando é minha mae Antonia liborio de alencar filha de Antonio liborio de alencar e Alexandrinha Guilhermina de alencar. Agradeço desde ja. Obrigado
    Meu email é
    lindobrown@hotmail.com

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  15. Notei que existe um vazio na prefeitura entre os anos de 1953 e 1963, nesse período, se não me engano, o Sr. Alexandre Pires foi prefeito tendo como vice Patrício Ribeiro, me perdoem se estiver errado. Um abraço a todos.

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  16. Notei que existe um vazio na prefeitura entre os anos de 1953 e 1963, nesse período, se não me engano, o Sr. Alexandre Pires foi prefeito tendo como vice Patrício Ribeiro, me perdoem se estiver errado. Um abraço a todos.

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  17. Ó cidade querida balsas ame-a ou deixe-a

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  18. Muito boa iniciativa em resgatar a história de Balsas 👏🏼Infelizmente faltou muitos dados e muitas pessoas importantes. Sugiro que vc reescreva acrescentando o que falta , vale pesquisar nos livros de História do Sul do Maranhão 👍🏼

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  19. Olá estou a procura de meus descendentes em Balsas Maranhão, como você sabe muito sobre a cidade, será que pode me ajudar? Minha família são os Coelho da Silva, minha bisavó chamava Ovidia.

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