sábado, 16 de junho de 2012

DELÍRIOS - José Neto Formiga

Fogem de mim a inspiração para escrever.
Por quê?
O que eu deveria fazer para que a essência poética
inundasse meu peito, transbordando-o de sonhos,
fantasias, e desejos incessantes de expressar tamanha ciranda de alegria através das palavras?
Não, não sei.
Será que a fonte secou?
Será que não mais escreverei versos?
Será que não mais ouvirei o que diz meu coração?
Será que estou ficando louco?
Será que já sou louco?
Resta-me a morte,
Não mais terei forças para viver
Pois minha vida é de sonhos, fantasias e desejos incessantes e expressar tamanha ciranda de alegria através das palavras.
As palavras são minhas artérias.
Se me faltam, morrerei.


José Neto Formiga
é graduado em Letras pela UEMA 

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3 comentários:

  1. É intrigante como o poeta desfalece, diante da ausência do que lhe é mais caro: a inspiração.
    Contudo, a falta de inspiração provoca o lamento poético, que mostra em verso e prosa que sua suposta perda nada mais é que simplesmente uma overdose da mesma, forçando seu arauto a externá-la, compondo magnificamente a melodia que retrata seu maior medo. Parabéns!

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    Respostas
    1. Nezinho, obrigado pela participação. Admiro profundamente as pessoas que escrevem. Parabéns

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  2. Oia o sobrenome formiga KKKKKKKKKKKKKKKKK hum rum é cada uma.só pod tá de brincadera!!!

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